sexta-feira, 21 de maio de 2010

Gene, meme, teme ou o quê?

Ainda pensando nessa primeira célula bacteriana sintética que se auto replica do Craig Venter... É um gene, um meme, um teme ou o quê?

Gene é o nosso, de nossas células, trivial. Meme, termo que o biólogo britânico Richard Dawkins cunhou, é uma unidade de informação que é mimetizada e replicada, uma espécie de gene cultural. Teme, um derivativo do meme, é um termo que está surgindo para designar unidade de informação e conhecimento tecnológicos que é copiada e se reproduz. Memes e temes usam-nos como veículo para proliferarem.

Mas isso agora, o que será? É um organismo vivo, auto-replicante, mas seu genoma é artificial. Na verdade, um robô vivo. Será então um "geteme"?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Admirável mundo novo

Nesses últimos três anos, uns dos temas que mais têm me chamado a atenção são aqueles relacionados a um "admirável mundo novo" que já não é coisa que lemos nos livros de Aldous Huxley, nem matéria de ficção científica, muito menos são meras idéias para o futuro. O futuro chegou, é o presente e segue sendo admirável.

Acabo de assistir no Jornal Nacional, o anúncio por Craig Venter, geneticista americano responsável em 2001 pelo sequenciamento do genoma humano, sobre a criação de microorgaanismos artificiais por sua equipe. Umas das funções almejadas para tais bactérias com genoma sintético é, por exemplo, a produção de substâncias que sirvam como biocombustíveis e outras que possam sequestrar CO2 da atmosfera.



Colônias da bactéria Mycoplasma Mycoides transformada. Foto: J. Craig Venter Institute

Fantástico! Mas também é um alerta para nós, brasileiros, para que não nos deitemos no berço esplêndido do etanol. A vantagem comparativa que temos hoje está nos dando uma janela de oportunidade para investirmos em inovação e tecnologia e nos prepararmos para um futuro onde as soluções serão outras.

Quem quiser saber um pouco mais, pode assistir a esse vídeo (15'51") de palestra do Craig Venter no TED 2008 sobre esse assunto. Além de ser um expoente da genética, ele tem a capacidade de traduzir em miúdos, um assunto para deixar qualquer um de queixo caído!

domingo, 18 de abril de 2010

Resgatando as raízes

Como não revista que dê vazão à leva de pautas nordestinas que me veio à cabeça por conta da "LÍCIA", resolvi criar ainda outro blog temático, o "Machimbomba", para abrigar meus textos a respeito.

Mas estou começando o blog justamente com os textos que compuseram a matéria sobre Joana Lira e a decoração urbana do Carnaval do Recife que foi publicada na edição nr. 4, de Jan-Fev/10 daquela revista.

“Machimbomba” é "Maria Fumaça", locomotiva a vapor em nordestês, um anglicismo derivado de “machine bomb”; quem sabe esse blog ainda se torne um trem de estórias!

Foto e Ilustração:
Chapéu de couro: http://www.watergardenersinternational.org/journal/2-2/bruno/chapeu-de-couro.jpg. Machimbomba: Clip-art do MS Office Online.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bon Voyage!

Então, conforme comentei na postagem anterior, em Outubro de 2009, passei três semanas em Paris e, para não perder o contato com as amigas, ensaiei um Diário de Bordo que cobriu apenas parte da viagem, mas que foi o suficiente para me lançar numa vertente "literária" até então suspeitada por alguns, mas ignorada por mim.

Numa tentativa de incrementar e concluir o Diário e de disponibilizá-lo para um grupo maior de leitores interessados, criei um outro blog, o "Ulalá!" (http://dbparisout09.blogspot.com/). Já postei uma introdução, mas ainda tem muita coisa por vir... Bon voyage!

Ilustração:
Clip-art do MS Office Online

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Por quê um blog?

Pensando agora, vejo que sempre me disseram que eu escrevia bem. Primeiro, foram as cartas na adolescência e as redações no colégio. Quando fiz vestibular, como prêmio pela redação, ganhei uma bolsa para os primeiros seis meses de faculdade. No trabalho, foram elogios espontâneos aos relatórios, fossem eles sobre o uso de produtos químicos por uma indústria, sobre a composição acionária de uma siderúrgica ou sobre os planos de investimento de uma mineradora. Há poucos anos, a troca de e-mails entre parentes levou uma prima, Patrícia, a insistir comigo que eu tinha que escrever. Mas sobre o quê, onde e para quem?

Mais recentemente, uma amiga editora, Mônica, criou um projeto para uma revista destinada a identificar e divulgar as coisas bacanas do Nordeste e dos nordestinos e, sabendo de minhas origens pernambucanas, ela me disse que minhas sugestões para matérias seriam bem vindas. Ela não podia imaginar que isso faria meu sangue nordestino aflorar e gerar um verdadeiro tsunami de idéias que quase a afogaram!

Deixei-a se debatendo no turbilhão e embarquei para Paris que eu não visitava havia uma década, presente de aniversário de meu grande amigo Carlos. Apesar de feliz por estar lá, fiquei com um aperto no coração com a perspectiva de perder três dos encontros semanais com as amigas de Ginásio, turma da qual Mônica faz parte. E foi assim que, para manter o contato bem vivo, comecei a escrever uma espécie de Diário de Bordo que mandei via Facebook, para aquela turma e para algumas outras amigas e parentes.

Acabou que o Diário cobriu apenas nove dias dos vinte que fiquei na França, mas, para minha grande surpresa, foi o suficiente para que à voz solitária de Patrícia se juntasse um coro insistindo que eu tinha que escrever, publicar, o que fosse! Na volta, Mônica até sugeriu que eu terminasse o Diário para que pudéssemos apresentar um “boneco” para uma amiga dela editora, mas não deu tempo, pois as idéias sobre matérias nordestinas continuaram pipocando e ela acabou sucumbindo ao tiroteio e me chamou para colaborar com a “LÍCIA”!

E foi assim que me vi “jornalista” de uma hora para a outra e adorando a aventura de escrever e de resgatar minhas raízes. Mas parece que agora que soltei o verbo, aliás, a pena, ou melhor, o teclado, quero mais, pois com a perspectiva de haver um leitor, quem sabe, para meus escritos, parece que variados assuntos que eu já achava interessantes, ficaram ainda mais e eu, com muita vontade de contar esses “causos” para quem quiser ouvir ou ler.

Nasce então esse meu blog que dedico a Patrícia, Mônica, Carlos e ao resto da torcida. Dedico-o também a Cássia que há tempos insistia para eu ter um blog para contar a respeito de meus "achados" sobre Sustentabilidade e que me ajudou a montar esse. Obrigada, queridos!

Fotos: arquivo particular.